Ela foi demitida por ser ‘gostosa demais’?

É O CASO DE RH mais sensacional dos últimos tempos.

De um lado, um império financeiro, o Citibank. Que só não quebrou há pouco tempo, na crise dos créditos imobiliários podres, porque foi socorrido pelo dinheiro do contribuinte americano.

Do outro, uma mãe solteira de 33 anos, de origem porto-riquenha, Debrahlee Lorenzana. Ela tinha um emprego em que ganhava o equivalente a 140 mil reais por ano no Citi. Trabalhava num posto do banco na Chrysler. Debrahlee diz que foi demitida por ser “gostosa demais”, e está lutando na Justiça por uma indenização, Segundo ela, seus chefes afirmaram que sua exuberância física, sublinhada por trajes que destacavam seu corpo curvilíneo, distraía os funcionários.

O caso correu instantaneamente o mundo e tem gerado, compreensivelmente, animadas discussões.
Duas coisas estão claras. A primeira: ela foi de fato demitida. A segunda: Debrahlee é, de fato, uma mulher capaz de fazer um bispo olhar para trás e chutar o poste. A foto acima mostra isso.

A dúvida: ela foi mandada embora pela beleza?

Beleza, na carreira, ajuda e atrapalha. Abre portas para mulheres bonitas, mas atrai inveja e maledicência, sobretudo de outras não tão bonitas assim. Quando essas outras estão em posição de mando, o que se ganha com a beleza pode ser menor do que o que se perde. Belas demitidas são um clássico na vida corporativa.
O que surpreende no caso é que a demissão partiu de homens. Homens, nos escritórios, costumam fazer o oposto: proteger jovens bonitas dos ataques de mulheres invejosas. Algumas vezes a defesa se transforma numa história de amor, mas isso é mais exceção e folclore do que regra e realidade. Há um elemento de paternalismo nessa defesa. O banco, como seria de esperar, afirma que foi uma decisão puramente técnica.
Dados os atributos da história, ela está atraindo atenção universal.  Veja, abaixo, a reportagem de uma emissora americana.



Continua...




Infelizmente, não vai ser possível acompanhar o desfecho de perto. Um contrato que o Citibank faz seus funcionários assinar os impede de levar os casos para os tribunais. As ações são submetidas a uma arbitragem. O árbitro em geral é ex-juiz, e é escolhido em comum acordo pelas partes. Neste instante, o Citi e o advogado de Debrahlee discutem a escolha do árbitro.

Debrahlee gostaria de ver o julgamento nos tribunais. Muita imprensa, muito barulho, e jurados em geral mais sensíveis a supostas injustiças cometidas contra mulheres. Portanto, chances maiores de uma indenização elevada. É por tudo isso que o Citi, bem como outras empresas americanas, exigem que os admitidos concordem com a arbitragem em caso de desinteligência. Ela afirma que assinou sem saber, e pode bem ser verdade. Os funcionários assinam muita coisa na admissão, e nem sempre dedicam a atenção necessária a detalhes. A arbitragem nasceu nas corretoras de Wall Street.

O QUE O CASO de Debrahlee explodiu foi o silêncio que costuma cercar as arbitragens. Sabe-se que há muitos casos sendo arbitrados nos Estados Unidos em que mulheres afirmam que, logo depois da maternidade, foram demitidas, porque a dedicação ao trabalho supostamente diminuiria com a chegada do bebê.

Não se discute apenas o caso de Debrahlee, mas a própria arbitragem. Há um lado bom: a decisão é mais rápida, e o empregado que processa pode gastar menos dinheiro com advogado. “Alguma justiça é melhor que nenhuma justiça”, dizem os que defendem o sistema. O lado ruim é a ausência de transparência. O público não acompanha, e a possibilidade de manipulação de um árbitro é maior do que a possibilidade de manipulação de vários jurados. Os adversários afirmam que casos notáveis de julgamento por racismo não teriam galvanizado os Estados Unidos se fossem arbitrados.

Debrahlee tem um problema. Está desempregada, o que torna mais difícil pagar as contas da criação do filho. Mas quem a demitiu, desde que ela decidiu tornar pública a história ao contá-la para a mídia, tem também um problema, e aparentemente muito maior.

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Comentários

Anônimo disse…
Nesse final foram direto e foda!
Fabricio Gomes disse…
Taí uma coisa que não se vê todos os dias. e Nunca vista aqui, no Brasil.
Christian Paz disse…
Muito gata mesmo !

Mas será que ela foi demitida por isso ?

Se eu tivesse uma funcionária dessas nunca iria demiti-la !

HAHA
Izabela disse…
Meninos, acordem p a vida! No Brasil acontecem coisas desse tipo sim, e até piores.
Vocês saberiam disso se fossem mulheres.
Para trabalhar em uma repartição de serviço burocrático já precisei até responder se era "virgem".
Em outra, fui demitida pq a mulher do patrão me achava bonita d+ p passar o dia na sala ao lado do marido dela.
O pior de tudo é q existe uma crença silenciosa q beleza e inteligência não combinam.
Basta vc se vestir bem p as pessoas desconfiarem do seu talento profissional e lhe olharem como mais uma alpinista social.