Depois de quase duas décadas sem Ayrton Senna, natural e um tanto cruel pensar o que estaria fazendo o tricampeão mundial, que completaria 54 anos nesta sexta-feira (21/03). Diante de uma Fórmula 1 sem graça, de raras ultrapassagens, com pilotos de videogames, o brasileiro provavelmente teria ido buscar desafios em outros esportes se o GP de Ímola, na Itália, não tivesse existido.
Extremamente competitivo, Senna não aguentaria a monotonia da principal categoria do automobilismo, que até tem se esforçado para mudar a regra dos últimos anos. Não aceitaria também o jogo sujo dos chefes de equipe ou o ostracismo de outras fórmulas. Usaria sua enorme capacidade física em outros esportes. Surpreendentemente, a velocidade talvez pudesse nem estar envolvida nessa nova paixão.
Em outubro de 1993, outra das maiores lendas do esporte chocou o mundo ao anunciar sua aposentadoria aos 30 anos. Michael Jordan, então só tricampeão da NBA com o Chicago Bulls, alegou que estava cansado e sem vontade com o basquete — depois se descobriu que o assassinato do pai tinha mexido demais com a cabeça do jogador. Mas Jordan não aguentou ficar de pernas para o ar e se encontrou no beisebol. Pouco tempo depois, assinou com o Birmingham Barons. Não conseguiu, é claro, repetir mesmo o sucesso que tinha com a bola laranja apesar de ter se divertido e conseguido lá suas rebatidas.
Ícones do esporte como Jordan e Senna não aguentariam nunca ficar em casa. Acostumados com a competição, os dois foram sempre movidos pela adrenalina e a busca de novos limites. Jordan até voltou para a NBA para conquistar outros três títulos no principal basquete do mundo. Senna certamente seria o que quisesse na Fórmula 1, mas já teria passado por desafios em outros esportes. A Curva Tamburello tirou esse gostinho do esporte.
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