
Nome binomial: Arachis hypogaea
O amendoim (do tupi mandu'wi, "enterrado") é a semente comestível da planta, Arachis hypogaea L. da família Fabaceae. Embora confundido com noz, o amendoim é um membro da família da ervilha Fabaceae, e a noz não é uma fruta, mas um legume ou vagem. A planta do amendoim é uma erva, com um caule pequeno e folhas tri-folioladas, com abundante indumento, raiz aprumada, medindo entre 30-50 cm (1-1,5 pés) de altura. As flores são pequenas, amareladas e, depois de fecundadas, inclinam-se para o solo e a noz desenvolve-se subterraneamente.
O amendoim tem uma grande importância económica, principalmente na indústria alimentar. Algumas variedades têm uma grande quantidade de lípidos e têm sido utilizadas para a fabricação de óleo de cozinha (dão de 45 a 50% de óleo). Em várias regiões de África, o amendoim é moído para cozinhar vários pratos da culinária local, que ficam assim mais ricos em lípidos e proteínas.
O amendoim é uma planta originária da América do Sul (Brasil e países fronteiriços: Paraguai, Bolívia e norte da Argentina), na região compreendida entre as latitudes de 10º e 30º sul, com provável centro de origem na região do Chaco, incluindo os vales do Rio Paraná e Paraguai.
A difusão do amendoim iniciou-se dos indígenas para as diversas regiões da América Latina, América Central e México. No século XVIII foi introduzido na Europa. No século XIX difundiu-se do Brasil para a África e do Peru para as Filipinas, China, Japão e Índia.
Além de amendoim, a Arachis hypogaea recebe diversos nomes, como alcagoita (sul de Portugal), aráquide, caranga, carango (Moçambique), jiguba, jinguba, mandubi, manobi, amendubi, amendo mepinda (Angola), mancarra (Cabo Verde e Guiné-Bissau). Em alemão é conhecido por Erdnuss, em espanhol por cacahuete, em francês por arachide e arachis e em inglês por peanut.
Os amendoins são ricos em proteínas, aproximadamente, cada 200 g de amendoim torrado tem 30 gramas de proteína. Pesquisas recentes sobre o amendoim descobriram que ele também é rico em anti-oxidante e outras substâncias benéficas à saúde.
Eles representam uma fonte significativa do resveratrol, uma substância com potencial efeito retardador do envelhecimento. Por o amendoim ser considerado uma proteína incompleta recomenda-se que ele seja ingerido junto a outros alimentos como grãos integrais ricos em aminoácidos.
Esse alimento é também uma fonte desequilibrada de gordura sendo pobre em ômega 3, e por isso muitos alimentos que utilizam o amendoim como matéria prima são enriquecidos com ômega 3 (assim promovendo o balanceamento entre o ômega 3 e o ômega 6), tais como a manteiga de amendoim.
Se o amendoim for contaminado por Aspergilo flavus, poderá produzir uma substância chamada de aflatoxina; esta é tóxica, ligando-se ao ADN das células e provocando uma inibição da replicação do DNA, isto é causadora de cancro em humanos e outros animais.
A Paçoca de amendoim (do tupi po-çoc, "esmigalhar") é um doce tradicional brasileiro à base de amendoim, farinha de mandioca e açúcar, típico da comida caipira do estado de São Paulo.
É tradicionalmente preparada no Brasil para consumo nas festividades da Semana Santa e festas juninas. O preparo da paçoca para a Semana Santa, vai além da culinária em si, é um ritual cristão de valorização do amor e da harmonia em família. Há também, as paçocas industrializadas que são vendidas e consumidas o ano inteiro.
Modo de preparo
A proporção dos ingredientes (amendoim, farinha de mandioca e açúcar), em peso, é de 1:1:1.
Após torrar o amendoim, deixa-se esfriar e em seguida descasca-se. O preparo pode ser feito por meio de um pilão (o modo mais tradicional), moedor a manivela ou processador de alimentos elétrico.
Primeiro faz-se a moagem ou socadura do amendoim e em seguida adiciona-se a farinha e o açúcar, procedendo-se novamente a moagem ou socadura e repetindo-se o processo até obter uma mistura homogênea e de textura bem fina, como é geralmente preferida.
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