Ameaça de ataque a milhões de computadores deixa usuários em alerta

O vírus Conficker, que já atacou milhões de computadores em todo o mundo, está programado para se manifestar em escala mundial com ainda mais força no dia 1º de abril, afirmam especialistas em segurança na internet.

Como a data é conhecida como dia da mentira ("dia dos bobos" nos EUA), muitos internautas já veem as dezenas de alertas como mais um alarme falso, um "hoax" (como são conhecidos os boatos virtuais).

Hoje, o Conficker está programado para tomar o controle de 250 sites por dia. Na quarta-feira, aumentaria sua força para chegar a 50 mil páginas diárias, o que pode tornar ainda mais difícil localizar o ataque, segundo Mikko Hyponen, da empresa F-Secure, especializada em segurança virtual.

As páginas são geradas para que o vírus possa, a partir delas, agir em máquinas infectadas por meio de códigos maliciosos ou até mesmo a destruição de arquivos. Estima-se que o Conficker já tenha infectado mais de 12 milhões de computadores.

A gigante norte-americana do software Microsoft prometeu uma recompensa de US$ 250 mil para quem conseguir identificar os criadores do vírus, conhecido também como DownAdUP.

A companhia modificou seu antivírus Malicious Software Removal Tool, que pode ser baixado de graça, para detectar e destruir o Conficker, mas "continua buscando novas maneiras de neutralizar a ameaça do Conficker para dar a seus clientes mais tempo para colocar em dia seus sistemas", aponta um dos encarregados de segurança da empresa, Christopher Budd.

"O vírus é programado para se fortalecer na quarta-feira, 1º de abril, tornando mais complicados os meios para combatê-lo", explicou o pesquisador Paul Ferguson, especialista em ameaças virtuais da Trend Micro, empresa de segurança virtual. "No entanto, não há nada que permita saber se ele passará para um modo de ataque", afirma.

Graças ao poderio de sua "botnet" (rede de computadores infectados que passam a "trabalhar" para os piratas virtuais), o Conficker já dominou entre uma e duas milhões de máquinas, incluindo uma rede da Marinha francesa. Sua especialidade é descobrir e roubar contrassenhas.

da Folha Online
da France Presse, em San Francisco

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