CPI da Pedofilia pede IPs a Google

A CPI da Pedofilia solicitou ao Google que entregue cerca de 1,2 mil IPs de usuários que postaram vídeos de pornografia infantil em suas páginas do Orkut. De posse desses dados, segundo explicou o presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES), será possível realizar a quebra de sigilo e identificar esses internautas.

O Brasil foi o primeiro país a quebrar o sigilo na internet. A partir da assinatura do termo de ajuste de conduta (cerca de um ano atrás), começaram a ser criadas ferramentas para impedir a veiculação de material sobre pedofilia. “É preciso que a Google, se ainda não concluiu, acelere esse processo”, comentou Malta, considerando "bom" o relacionamento entre a empresa e a CPI, no que diz respeito à quebra de sigilo telemático de envolvidos com pornografia infantil.

No dia 9, a comissão deverá se reunir para decidir sobre a vinda do representante do Google no Brasil ao Senado. Passados um ano e dois meses da assinatura do Termo de Ajuste de Conduta pela empresa, os senadores querem saber quais ferramentas já foram ativadas para bloquear a veiculação de fotos e vídeos de conotação sexual com menores no Orkut e no YouTube. De acordo com Malta, o material postado por esses 1,2 mil usuários acusados de pedofilia ainda está no ar.

O requerimento encaminhado ao Google pelo presidente da CPI da Pedofilia dá à empresa cinco dias para a transferência do sigilo telemático dos dados, das fotos e das imagens exibidos nas páginas desses internautas. Essa lista foi elaborada pelo Grupo de Combate a Crimes Cibernéticos da Procuradoria da República do Estado de São Paulo e se refere a perfis criados no Orkut vinculados a pornografia infantil. Conforme ressaltou Malta na justificativa do requerimento, a quebra do sigilo telemático desses endereços eletrônicos, com a respectiva identificação do perfil do usuário, "é o único meio para a investigação do cometimento do referido crime".

As informações solicitadas ao Google pela comissão deverão ser enviadas em meio eletrônico e incluir arquivos com conteúdo de texto, fotos do perfil, recados, álbum e respectivas fotos, depoimentos, listas e mensagens vinculados a cada perfil denunciado; dados sobre o status de cada perfil; e logs em formato de texto, contendo data, hora e IP de todas as operações realizadas pelos usuários mantenedores dos referidos perfis. (Agência Senado)

Do site: A Rede

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