Agora ficou feio: Dilma diz que assinará carta contra aborto e união gay

Senador evangélico diz que petista vetará projetos de lei que abalem 'cultura religiosa' do país

Em reunião a portas fechadas com cerca de 50 lideranças de igrejas evangélicas de todo o país, a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, prometeu ontem divulgar carta em que se comprometerá a não apoiar projetos que levem à descriminalização do aborto e que reconheçam a união civil entre homossexuais e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo.

Também deverá fazer parte do manifesto a garantia à liberdade religiosa. Dilma deixou o encontro sem falar com os jornalistas. Mais tarde, em Teresina (PI), confirmou acordo sobre a carta.

Ao final da reunião, o senador reeleito Marcelo Crivella (PRB-RJ), da Igreja Universal, disse que Dilma se comprometeu também a vetar projetos sobre aborto e união gay aprovados pelo Congresso. "Qualquer assunto que traga cisma, abalo na cultura religiosa do país, ela vetará." O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que Dilma vetará propostas que limitem a liberdade religiosa nos cultos. As igrejas são contrárias ao projeto de lei que torna crime a homofobia.

Em documento chamado Carta ao Povo de Deus, de agosto, a petista deixava para o Congresso o debate sobre esses temas polêmicos.

Em contrapartida à nova carta de Dilma, os evangélicos prometeram publicar manifesto de apoio à candidata. Ela também pediu ajuda para desmentir o que chamou de "boatos" sobre sua posição a respeito do aborto que circulam na internet.

Para o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, Alexandre Peixe dos Santos, a decisão de Dilma é "lamentável". "Ela preferiu os votos dos evangélicos aos votos dos homossexuais", afirmou.

Via  Jornal Destak São Paulo

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