Um dos maiores inimigos ambientais das praias e parques do
Brasil, o coco está prestes a se tornar um importante aliado
no processo de despoluição da
água. Isso porque, atentos à quantidade de cascas de coco – de difícil
reciclagem! –
deixadas pelos brasileiros nas areias e gramados do país, especialistas da Ufes – Universidade Federal do Espírito
Santo decidiram
pesquisar uma utilidade para o resíduo. E encontraram: despoluir a água.
De acordo com o estudo, coordenado pelo
professor Joselito Nardy
Ribeiro, o mesocarpo do coco – aquela região
mais carnuda do fruto, que muitas pessoas não consomem, após tomar a água do
coco – é
capaz de remover da água quantidades significativas de poluentes comofármacos,
pesticidas, corantes e, até, metais. E ele não é o único: o bagaço da cana, outro
resíduo muito comum no país, também possui fibras capazes de exercer essa
função.
Com apoio da Fapes – Fundação de Amparo à Pesquisa
do Espírito Santo, os pesquisadores já estão recolhendo os
resíduos das praias do Estado capixaba para levá-los para laboratório, onde
passam por processo de descontaminação e são triturados para atuarem como filtros, nas estações de
tratamento de água.
A técnica ainda está em desenvolvimento,
mas, de acordo com os pesquisadores, é bastante promissora e, inclusive, mais
barata do que o atual material – o carvão
ativado –
utilizado no processo de filtragem da água nas estações de tratamento. Já
pensou se a técnica se popularizar em todo o Brasil?
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