Recrutadores costumam investigar a vida do candidato para
saber se o mesmo está dentro do perfil exigido pelo empregador que oferece uma
determinada vaga, destaca especialista
Se conseguir um emprego já não era fácil, dependendo do
estado civil de quem procura uma oportunidade, tal tarefa pode ser ainda mais
complicada. Há quem duvide, mas ser casado, solteiro ou separado pode não
apenas influenciar em uma contratação, mas também decidir quem é que passa pelo
crivo de um recrutador durante um processo de seleção. Ao menos, é isso o que
explica a headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Renata Perrone.
De acordo com ela, os recrutadores costumam investigar a
vida do candidato para saber se o mesmo está dentro do perfil exigido pelo
empregador que oferece uma determinada vaga.
“Para uma posição em que as viagens sejam constantes, as
empresas costumam preferir profissionais solteiros que, preferencialmente, não
estejam cursando uma graduação no momento. Desta forma, nem a organização, nem
o profissional costumam ser prejudicados”, explica.
Além disso, os solteiros costumam ser muito requisitados
para transferências de cidades, já que por estarem sozinhos, os mesmos
apresentam menores chances de recuar em tal contratação, especialmente se
comparados aos homens casados, que geralmente costumam ser transferidos com sua
família.
“Quando um profissional casado é transferido de cidade
percebemos que o maior problema de adaptação se dá com sua esposa. É isso o que
balança o resultado de uma transferência. Tal problema não ocorre, no entanto,
com os solteiros, o que justifica a preferência das empresas neste caso”, diz
Renata.
Os casados
Mas não pense você que ser casado pode ser um problema,
afinal, muitas das características destes profissionais costumam ser apreciadas
pelos empregadores de multinacionais, conforme aponta Renata.
“Já tive um caso de uma multinacional que preferiu contratar
um profissional casado por acreditar que o mesmo era mais regrado com horário.
Na ocasião, o empregador exigia um executivo responsável e organizado”, conta.
Segundo ela, tais profissionais costumam ser bem vistos por
algumas organizações, e isso, justamente pela maturidade e prudência de suas
decisões, afinal, por sustentar uma família os mesmos não costumam ser tão
radicais em suas escolhas. “Os solteiros costumam pedir demissão com mais
frequência que os casados, pois não precisam se preocupar com tantos
dependentes”, informa Renata.
Divorciados
Mas e os divorciados, como ficam? Segundo a headhunter da De
Bernt Entschev Human Capital, muito bem, obrigada! Na opinião dela, os
divorciados são avaliados como solteiros e nada mais.
Além disso, assim como os outros profissionais, os mesmos
também têm seu perfil estudado de acordo não apenas com seu estado civil, mas
com sua estrutura familiar, já que para uma empresa é isso o que vale.
“Um empregador não se importa necessariamente com o estado
civil do candidato, mas com o que o acompanha. Ou seja, a estrutura familiar de
cada um deles. No caso de um homem divorciado, analisaremos se ele tem filhos,
com quem ficam as crianças e se o mesmo está sozinho”, esclarece.
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