Em meio a tantas mudanças de um mundo globalizado, com
informações e estímulos que mudam em tempo real, encontrar a felicidade no
trabalho parece um grande desafio. Mas, felizmente, pesquisas mostram que o
índice de felicidade dos trabalhadores aumentou significativamente entre o ano
de 2001 e 2012. Um estudo divulgado semana passada pelo Instituto Datafolha
mostra que três em cada quatro brasileiros se sentem felizes com o trabalho. O
fato é que, encontrar essa tal felicidade nos garante diferencial competitivo,
satisfação e grandes realizações.
Obviamente, para ser feliz, o primeiro passo é encontrar a
profissão certa. De maneira que aproveitaremos o potencial criativo e nato de
cada ser humano, sem interferência de modelos ou estilos que possam nos moldar
ou criar inseguranças diante da dificuldade de aplicar. Para tanto é
fundamental se identificar com a carreira e fazer com paixão!
Paixão é o "ingrediente" que vai incrementar a
vida e garantir a felicidade. Recentes estudos da neurociência falam da
importância em integrar os dois hemisférios do cérebro. Quando realizamos com
paixão, há a integração desses hemisférios e a ação de se permitir e
experimentar.
Essa permissão é como um passaporte, que vou chamar aqui de
fase da preparação. Possibilita montar nosso próprio roteiro e experimentar as
opções pelo qual nos identificamos. A pessoa tem o passo livre para consultar
profissionais dessa mesma área, perguntar sobre prós e contras, pesquisar,
experimentar por meio de trabalhos voluntários ou estágios a fim de responder
as questões sobre anseios e expectativas para finalmente tomar decisões.
A fase da jornada é marcada pela atuação do profissional.
Para alguns, os próximos passos podem ser mais fáceis! Principalmente se
sustentado pelo primeiro. Esses terão uma visão macro da situação,
identificando rapidamente ambientes saudáveis, fazendo link dos valores
pessoais versus os valores da organização, buscando capacitação, reciclagem,
formações específicas para que possa galgar novos desafios dentro de sua área
de atuação. O salário, tão importante quanto tudo isso, vai sustentar esse
processo, mas não será o fator principal, sendo apontado em 6º ou 7º lugar no ranking
dos motivos que levam um profissional a deixar seu trabalho.
Outros podem passar pela jornada com certas dificuldades.
Esse talvez seja o sinal para revisar a decisão ao primeiro passo. A escolha
talvez tenha sido pautada somente pelo salário ou por questões familiares,
status ou mesmo pela simples escolha sem critério.
O segredo pode ser encontrado ao responder a seguinte
pergunta: o que eu gosto e quero fazer pelo resto da minha vida? É saber
distinguir o que faço bem, o que gosto de fazer e o que me pagarão para fazer.
Com uma decisão acertada, o profissional não trabalha para a
empresa, mas com a empresa. É um misto de parceria e respeito, garantindo
engajamento, dedicação, foco, responsabilidade, desempenho e resultados
extraordinários ainda que, diante de adversidades. É o fator de felicidade! E
você, é feliz em seu trabalho?
Elisabete de Oliveira
É psicóloga e consultora da M&S, consultoria
especializada em desenvolvimento humano. Via
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