Esqueça as alternativas mirabolantes. Aqui estão maneiras
simples para o gestor unir sua equipe e deixá-la mais motivada
A maioria dos gestores sabe que, se seus funcionários estão
felizes, eles também são mais produtivos. O desafio é como fazê-los felizes
mesmo em cenários em que palavras como promoções e aumentos são abolidas
temporariamente do dicionário da empresa.
De que maneira realista, então, é possível ter uma equipe formada por pessoas otimistas e contentes com o que fazem? Fátima Motta, professora doutora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, explica como chegar lá por meio de 3 caminhos bem simples:
Foque menos nos
resultados e mais nas pessoas
Por falta de tempo, e algumas vezes de amadurecimento para
gerir pessoas, é comum que os líderes de equipes deixem de lado seus
funcionários e passem a controlar apenas os números, métricas e resultados. Um
investimento que pode trazer retornos rápidos, mas nem um pouco sustentáveis a
longo prazo.
“É preciso que os gestores entendam que conhecer suas
habilidades, bem como as dos membros de sua equipe, é o maior investimento que
ele pode fazer para conseguir os resultados exigidos pela empresa e para ele se
desenvolver como líder”, diz Fátima.
Saiba onde eles
querem chegar e diga como
Sem conhecer sua equipe, grande parte dos gestores peca em
não alinhar as expectativas da empresa com a de seus funcionários. Mas como
cada profissional do time tem um sonho, um objetivo profissional, é preciso que
os gestores conheçam bem essas pessoas para saber como ajudá-las a chegar onde
elas querem e, assim, cumprir sua missão de desenvolvê-las, com base no
desempenho e nas metas individuais delas.
“O gestor precisa mostrar a ela quais competências ela
precisa desenvolver, no que ela precisa melhorar e onde já avançou para chegar
a esse objetivo”, afirma a professora. “Sabendo que há um caminho claro para
crescer na empresa, o funcionário se sente motivado a perseguir seus sonhos,
fazer o seu melhor”, diz ela. Essa troca só faz sentido se a empresa ou a área
tiver regras claras e justas de desempenho e também se houver espaço para que
os funcionários falem abertamente sobre o assunto.
Incentive o
cooperativismo
Muitas empresas preferem avaliar os funcionários por meio de
metas individuais, sem pensar no risco de instaurar um clima de guerra interna.
“Os objetivos individuais não motivam o trabalho em grupo”, diz Fátima.
O ideal, segundo ela, é que o gestor estabeleça objetivos
mistos para fazer com que a equipe entenda que é preciso ter a colaboração de
todos para chegar às metas. Assim, em vez de favorecer apenas os que cumprem o
estabelecido custe o que custar, o líder consegue avaliar também os que cumprem
seus objetivos, sem deixar de ajudar os demais colegas a atingirem os
resultados – que, afinal, é da área como um todo.
“Quando a pessoa faz parte de uma equipe mais agradável,
mais leve e unida, é fato que as pessoas se comprometem mais e também se sentem
mais felizes. Excesso de medo só atrapalha o profissional e, por conseqüência,
o gestor e a empresa”, afirma a professora.
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