E não é que a ciência parece ter confirmado aquela
história que “todo mundo tem um diabinho dentro de si”?
Pesquisadores de universidades da Inglaterra e dos Estados
Unidos convocaram vários voluntários para alguns testes. E eles
descobriram duas coisas: muitas pessoas trapaceiam quando pensam que
ninguém está vendo e, pior, não sentem a menor culpa.
Em uma das provas, 179 pessoas tiveram de desembaralhar
até 15 palavras em quatro minutos– cada acerto valia um dólar. Quando o
tempo já havia acabado, eles podiam bater as respostas com algumas palavras-chave.
E, apesar de ser contra as regras, dava para mudar a palavra. Os
participantes não sabiam, mas os pesquisadores conseguiam ver quem trapaceava e corrigia
a resposta depois do tempo permitido. No total, 41% das pessoas
rearranjaram as palavras.
Quanta gente sacana, não? O pior é que eles nem se
sentiram mal. Depois dos testes, ainda sem saber que haviam sido vigiados,
os trapaceiros relataram muito mais sentimentos positivos do
que os certinhos. E não era pela questão financeira. A felicidade era
maior entre aqueles que ganharam menos dinheiro e, segundo a pesquisa, isso
mostra que os benefícios emocionais da trapaça não estão ligados ao dinheiro.
Num outro teste, 205 convidados tinham a tarefa de
desembaralhar outras 9 palavras. Mas aregra era arrumar as palavras
consecutivamente, e quem não soubesse uma delas deveria parar de brincar.
Só que a terceira palavra era realmente propositalmente desconhecida:
UNAAGT. Na ordem certa: TAGUAN – um esquilo voador. Mas muitas
pessoas ignoraram a palavra desconhecida e continuaram brincando,
contrariando a regra. E de novo, quem trapaceou, se sentiu melhor: eles se
diziam mais confiantes, capazes, satisfeitos e superiores.
Você é desses também, é? Não sente a menor culpa
depois de passar a perna em alguém, mesmo se for o professor ou o chefe?
Sem mentir, vai…
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