"A Historia Sem Fim" completa 30 anos e ganha versão remasterizada.

Em 20 de julho de 1984, estreava nos EUA o filme A História Sem Fim (The Neverending Story, dirigido pelo alemão Wolfgang Petersen). A co-produção EUA-Alemanha estreou nos cinemas brasileiros em 5 de outubro do mesmo ano.

A produção rapidamente conquistou o público infanto-juvenil, mas também os adultos. Afinal, quem nunca foi uma criança como o protagonista Bastian (Barret Oliver), que para fugir de seus problemas se refugia nas fantásticas histórias contidas em um livro de fábulas?



O filme tornou-se um sucesso nos cinemas e logo desembarcou em vídeo, na nascente indústria das locadoras de VHS que, no Brasil, invadiram todos os cantos por volta de 1985 e 86.

Ao lado de filmes como Caravana da Coragem (The Ewok Adventure, 84, de John Korty) e Labirinto (Labyrinth, 86, de Jim Henson), A História Sem Fim marcou época como um dos principais filmes de fantasia da década de 80. E ganhou duas (fracas) continuações, em 1990 e 1994. Em tempos de séries como Game of Thrones e filmes como O Hobbit (entre outras obras que podem ser vistas como, de certa forma, "herdeiras" de filmes como A História Sem Fim), vale relembrar o clássico de 84.

Em entrevista ao jornal norte-americano The Huffington Post, o diretor Petersen relembrou a precariedade dos efeitos especiais da época. "Era somente a tela azul", disse, referindo-se ao chroma key - fundo azul no qual se filma o ator ou determinado objeto, para depois colar a imagem recortada sobre um outro fundo filmado, criando o efeito da "colagem". "Era tudo o que tínhamos".

Basicamente, os efeitos visuais foram usados nas sequências voadoras, quando os personagens viajam nas costas da criatura Falcor - mas os movimentos faciais do bicho foram feitos artesanalmente.

"Uma pessoa operava o nariz do Falcor, outra as sobrancelhas, uma o lábio superior, a outra o lábio inferior", recordou Petersen. "Você não pode imaginar. Era ridículo assistir isso de fora".

Sobre a força que o filme ainda conserva, Petersen comentou: "Ele é uma obra de arte porque você sente os seres humanos por trás dele, e não a tecnologia por trás dele. É interessante como ainda funciona, 30 anos depois".

Uma oportunidade para comprovar isso em tela grande chega aos cinemas brasileiros em breve. A História Sem Fim está programado para a segunda temporada dos Clássicos Cinemark - série de filmes que a rede de cinemas exibe em sessões especiais, com cópias digitais de alta definição.

A História Sem Fim será exibido nos cinemas da rede (em diversas cidades brasileiras) nos dias 9, 10 e 13 de agosto. Confira detalhes no site da rede.

Fonte: Virgula

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