Delivery via Facebook.

Quando assumiu a direção de uma lanchonete na favela da Rocinha, no Rio, em agosto de 2011, o carioca André Luiz da Silva Martins não imaginava que um dia poderia fazer sucesso anotando os pedidos pelo Facebook. Hoje, aos 40 anos, André mora na comunidade há mais de 20 e soube administrar a força do empreendimento na rede social. Seu público potencial é de 70 mil moradores e ele percebeu na tecnologia uma aliada estratégica.


Sua história na lanchonete começou depois de deixar de trabalhar em uma barraca de cachorro-quente. A Mega Lanche’s não havia dado muito certo nas mãos do dono anterior e ele encarou o desafio de reerguer o negócio. Tirou dinheiro do próprio bolso, pediu empréstimo no banco e investiu tempo em palestras no Sebrae. As coisas iam bem, mas, em uma tentativa de turbinar as vendas, ele testou o Facebook em 2013 e a ideia deu certo.

André passou a aceitar pedidos feitos diretamente por meio da rede social. “Além de popularizar a marca, aumentamos as vendas em mais de cem por cento”, diz ele. A lanchonete dobrou de tamanho em pouco mais de um ano e colocou André em uma posição que ele não poderia imaginar quando fazia serviço de moto-táxi na comunidade, anos atrás.

Já o designer Thiago Castro encontrou nas redes sociais a motivação para se entregar de vez à gastronomia. Por hobby, ele criava receitas e postava no Facebook e no Instagram, até que começou a receber encomendas. Entusiasmado com a ideia, ele foi à São Paulo estudar gastronomia e descobriu as “brigaderias gourmet”.

Quando voltou para Manaus, no Amazonas, abriu em pouco menos de um ano a Brigadore Brigadeiros Gourmet e investiu na divulgação pelas redes sociais. Acabou percebendo, como o André da Mega Lanche’s, que poderia aceitar encomendas direto pelo Facebook. “É interessante que pessoas de outros estados têm pedido pelo Facebook para presentear pessoas em Manaus. Recebemos ao menos 5 pedidos por dia pela rede social”, diz Thiago, que vê seu negócio em franca expansão. Hoje, já são três lojas e 30 funcionários.

Na favela da Rocinha, o sucesso de André fez com que ele deixasse de ser microempreendedor individual (MEI) para se tornar uma microempresa. Na Mega Lanche’s, são até 30 encomendas por dia feitas por meio do Facebook, ou 70% de todas as entregas.

Dos 12 funcionários da lanchonete, três trabalham exclusivamente com computadores. “Um no atendimento, um montando as artes e um fazendo a manutenção da nossa página na rede social”, diz André, que soube se valer das tecnologias mesmo sem ter um amplo conhecimento técnico sobre a internet. “Pensei em fazer um site, mas achei muito complicado. O Facebook é mais fácil e virou uma febre na Rocinha”, conclui ele.

Exemplos como o de André, no Rio, e de Thiago, em Manaus, são sinais de uma tendência que tem se consolidado: o uso das redes sociais na internet para alavancar negócios locais. Esta área de atuação se acentuou nos últimos anos e, por conta da facilidade no uso das plataformas e pela popularidade das redes, empresários agora podem se valer de uma ótima alternativa na divulgação de produtos. E que veio para ficar.

Fonte: DELL

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