A origem das marchinhas de Carnaval brasileiras.


O Carnaval brasileiro sempre foi marcado pela irreverência, pela diversão e pela alegria. De melodia simples e ritmo acelerado, as marchinhas de Carnaval também são responsáveis por esse sucesso. Conheça a história desses hinos, relembre os principais expoentes do ritmo e caia na folia.

Marchinhas de Carnaval são só alegria

Composta por Chiquinha Gonzaga em 1889, “Ó abre alas” foi criada especialmente para animar a festa do cordão Rosa de Ouro, uma espécie de bloco de rua da época.

Fruto de influências europeias, em especial portuguesas, o Carnaval demorou para se transformar em uma festa legitimamente popular. As marchinhas contribuíram para esse processo.

Por conta do ritmo animado e das letras fáceis de decorar (e difíceis de esquecer), as marchinhas de Carnaval caíram nas graças do público, alcançando o auge da popularidade entre os anos de 1920 e 1960.

O Rio de Janeiro, capital federal à época, foi o principal polo de disseminação dos cânticos, já que reunia as principais emissoras de rádio e gravadoras de discos do país. Não demorou para que a divulgação do gênero chegasse aos confins do Brasil e caísse no gosto popular.

Relembre 5 célebres marchinhas de Carnaval

Uma das principais características das marchinhas de Carnaval é o "efeito chiclete": a melodia gruda na cabeça e fica difícil de esquecê-la. Portanto, se você conhece as músicas a seguir, esteja preparado para cantarolá-las por horas e horas.

1. Ó abre alas

"Ó, abre alas, que eu quero passar!"

Difícil encontrar alguém que não conheça essa. A primeira marchinha carnavalesca registrada na história do Carnaval brasileiro, em 1899, ainda é uma das mais famosas.

2. Mamãe eu quero

"Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar! Dá a chupeta, dá a chupeta, dá a chupeta pro bebê não chorar!"

Gravada em 1937, a canção cairia no gosto do povo após ser regravada por Carmem Miranda, quatro anos depois.

Pouca gente sabe, mas a canção original foi gravada com um erro de acorde do banjoísta. A música era considerada tão ruim que os autores consideraram que não valeria a pena refazer todo o processo. Para a surpresa deles, o cântico se transformou em uma das mais famosas marchinhas de Carnaval.

3. Cachaça

"Você pensa que cachaça é água? Cachaça não é água, não!"

Mirabeau Pinheiro, Lúcio de Castro e Heber Lobato escreveram a canção em 1953 para homenagear aquele seu amigo que bebe além da conta e sempre passa mal no Carnaval. A música ainda tem sua atualidade, não é mesmo?

4. Me dá um dinheiro aí

"Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí!"

Composta na década de 1960 por Ivan, Homero e Glauco Ferreira, a marchinha foi gravada por Moacir Franco, que ajudou a transformá-la em um sucesso absoluto. Até hoje, a canção pode ser ouvida nos chamados bailes da saudade, dedicados à música da época.

5. Cabeleira do Zezé

"Olha a cabeleira do Zezé: será que ele é? Será que ele é?"

Criada por João Roberto Kelly, na década de 1960, a canção foi composta na mesa de um bar. A inspiração do compositor foi um garçom cabeludo, do qual se tornou amigo. Divertida - e talvez um pouco politicamente incorreta para os padrões atuais - a música não teve dificuldades para vingar.

Fonte: Vivo

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